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11.6.18

Doce bárbaro

Este deu risada geral e em cada um em particular.

Todos o leram em alturas diferentes mas só o R ficou meio espantado antes de perceber quem era o gigante e o que se estava mesmo a passar nesta história de cavaleiros.

Digo leram mesmo sendo um livros sem palavras, nem uma. E, a avaliar pela experiência com 13, 11 e 7 anos, a leitura das não-palavras foi mesmo mais difícil para o mais novo. Desenganem-se pois os que pensam que os chamados silent books são para os mais pequeninos.

Ofereceu-mo uma Cigarra vinda do Brasil com quem conversei sobre livros e sobre como em geral as pessoas acham difícil ler um livro-sem-palavras. Porque é mesmo difícil, dá trabalho.

Eu sou admiradora confessa deste tipo de livros e, quando vou fora do país, são normalmente estes livros, só de imagem, que gosto de trazer. Este veio do Brasil por isso não precisaria de tradução mesmo que viesse com palavras!

Então este cavaleiro atravessa perigos incríveis, alcança proezas fantásticas, ultrapassa obstáculos inimagináveis. Até que faz uma birra das antigas: o cavaleiro era mesmo só um menino, no reino do faz de conta, às voltas e voltas na imaginação dum carrossel de onde o pai o tirou porque tinha chegado a hora.

A alteração da expressão do cavaleiro durante duas

ou três

páginas em que ainda não sabemos exatamente o que está acontecer é absolutamente deliciosa.

Eu também faria uma grandessíssima fita se "cortassem o meu barato" assim.

Obrigada, Daisy!
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Bárbaro
Companhia das Letrinhas, 2013
Renato Moriconi
isbn 9788574065748

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